Pivot Link, o dispositivo anti-rotação dinâmico para cadeiras auto


As fixações Isofix dos automóveis sujeitam as cadeiras de segurança infantil pela parte inferior traseira.
Além de impedir que a cadeira faça um movimento de rotação para a frente em caso de impacto frontal, o Isofix limita a sua desaceleração a um nível muito próximo à do chassis do veículo, minimizando as consequências para o ocupante.

Mas com os dois pontos de fixação não é suficiente. Seria como viajar de autocarro sujeitos pelos pés. À primeira travagem, experimentamos uma rotação para a frente e caíremos. Necessitamos algúm elemento que impessa essa rotação.

Desde 2011, os automóveis devem estar equipados com um terceiro ponto de fixação, pelo menos, por trás de dois dos seus assentos, onde se prende a correia do Top Tether  e que tensa a parte superior da cadeira para trás para evitar a sua rotação para a frente.

Para aqueles automóveis que não vêm equipados com esse terceiro ponto, há cadeiras que têm uma pata como solução alternativa para o mesmo problema, corrigindo a distância dos pés da cadeira ao chão.
Essa pata de suporte não deixa de ser um dispositivo estático que acrescenta rigidez ao conjunto.

Rigidez vs deformação

Durante o breve momento de um impacto, uma grande quantidade de energia se dissipa.

O objetivo dos elementos de segurança passiva do automóvel é absorver a maior energia possível antes de atingir o ocupante.

É por isso que a estrutura do carro é dividida em duas seções que respondem de forma muito diferente: uma frente deformável e um compartimento rígido de passageiros.

A estrutura da frente do carro é projetada de tal forma que se deforma de maneira controlada.
Toda essa energia que é usada para deformar a estrutura, é energia que não alcançará o compartimento do passageiro.



Absorção da energia de rotação




Durante o desenvolvimento do Isofix standard, Britax Römer viu que podia aproveitar o efeito de rotação para absorver parte dessa energia, invertindo-a em afundar a cadeira no assento do automóvel.

Para conseguir isso, só foi necessário transformar mecânicamente o movimento de rotação num movimento para baixo, o que é conseguido com uma alavanca em ângulo recto.

Em vez de colocar os conectores na extremidade traseira inferior da cadeira, os conectores do Pivot Link são encadenados por uma curva em ângulo recto a um ponto de rotação a uma certa altura do encosto.

Se forçarmos esse ponto para a frente, os conectores sofrerão uma rotação empurrando o assento para baixo e absorvendo energia no caminho.

Aplicações do Pivot Link

O Pivot Link tem a sua aplicação nos dispositivos de retenção infantil integrais com Isofix. Pode ir acompanhado de Top Tether, acompanhado de pata de apoio ou livre de ambos mecânismos.

Quando acompanhada do Top Tether, a cadeira possui aprovação Universal, que permite a sua instalação em todos os carros equipados com o Isofix e o terceiro ponto de fixação.

Quando é acompanhada por uma pata de suporte (a pata de suporte é incompatível com o Top Tether), uma lista de carros que, de acordo com os critérios do fabricante, atende às condições necessárias para que o assento responda satisfatoriamente em caso de acidente. A homologação neste caso é o semi-universal.

Quando usada sem Top Tether ou pata de suporte, a cadeira vem também com uma lista de automóveis, mas neste caso aprovada por um laboratório homologado, por sua vez, pela UNECE, que certifica que obteve um resultado satisfatório num Crash-test com cada um dos modelos de automóveis da lista.

Este sistema não se aplica a dispositivos não integrados. Chamam-se integrados aos que o ocupante está sujeito ao assento pelos seus próprios meios, como um arnês de 5 pontos, em oposição aos que não sujeitam o ocupante diretamente como num elevador do Grupo 2/3.


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